A Polícia Civil deflagrou, nesta quarta-feira, 4, a operação “Ultimato”, para desarticular uma organização criminosa responsável por roubos a bancos ocorridos em Baião, nordeste do Pará, e no interior do Maranhão. Quatro bandidos foram presos. Outros três morreram após reagir à prisão.
Armas de fogo, veículos ilegais e material usado no assaltos foram apreendidos. A ação policial ocorreu, de forma simultânea, nos Estados do Pará, Maranhão e Goiás. A previsão é que os presos sejam transferidos para Belém ainda esta semana após as transferências serem autorizadas judicialmente.
A operação é resultado de dois meses de investigações, que envolveram policiais civis da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos (DRRB), unidade vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), e do Núcleo de Inteligência Policial do Pará, em conjunto com a Secretaria Adjunta de Inteligência e Assuntos Estratégicos do Estado do Maranhão e Superintendência de Investigações Criminais (SEIC) do Maranhão.
O trabalho de investigação policial contou com apoio do Poder Judiciário e do Ministério Público Estadual, no município de Baião, responsáveis em expedir os mandados de prisões preventivas e temporárias, e os mandados de buscas domiciliares contra os criminosos.
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Apreensões. Abaixo, os bandidos presos acima e os
que morreram abaixo. Ao lado, caminhonete
apreendida
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O cumprimento das ordens judiciais contou com policiais civis do Grupo de Pronto-Emprego (GPE) e do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) de Marabá. A operação teve coordenação dos delegados Ivanildo Santos, diretor da DRCO, e André Costa, titular da DRRB, com participação dos delegados Mac Dowell Fortes, Luís Xavier, Álvaro Ikeda e Antônio Miranda, da Polícia Civil do Pará, e Tiago Bardal, da Polícia Civil do Maranhão.
A operação foi deslanchada, no início da manhã. Em Marabá, sudeste do Pará, o líder da quadrilha, Francisco dos Santos Silva, conhecido como “Super 15” ou “Chiquinho”, e dois integrantes do bando, Dionflay Pereira Costa e Geraldo Almeida de Siqueira, de apelido “Geraldo Paulista”, receberam os policiais civis a tiros, ao serem encontrados, em uma casa, na cidade.
No confronto, os criminosos tombaram. Dentro do imóvel, durante a revista, os policiais civis encontraram diversas armas de fogo, máscaras do tipo balaclava usadas em assaltos, luvas e telefones celulares. Ainda, no local, foi apreendida uma caminhonete tipo Hilux, ano 2012, comprada com dinheiro roubado dos bancos.
Em Imperatriz, no Maranhão, foram presos os irmãos Lairton José Pereira de Oliveira e Wilton Pereira de Oliveira, com os quais armas de fogo foram apreendidas.
Outro irmão da dupla, Nailton Pereira de Oliveira, de apelidos “Neném” ou “Loirinho”, foi preso na cidade de Aparecida de Goiânia, interior de Goiás. Com ele, diversos objetos de procedência ilegal, um carro e uma moto foram apreendidos.
Em Xinguara, sul do Pará, outro envolvido com a quadrilha, Rafael Garcia Parreira, também foi preso. As investigações mostram que, pelo menos, 12 pessoas estão envolvidas com o bando.
A quadrilha foi responsável pelo assalto à agência do Banco do Brasil da cidade de Baião, nordeste paraense, em 17 de outubro deste ano. O bando é formado pelo mesmo núcleo de bandidos, que em 2011, praticou dois assaltos a banco contra o Banco do Brasil, em Baião, nos meses de fevereiro e setembro.
Os bandidos atuam na modalidade de assalto a banco conhecida como “vapor” ou “novo cangaço”, em que assaltantes invadem a cidade, rendem clientes e funcionários, que são feitos reféns para evitar a reação policial.
As investigações sobre a quadrilha prosseguem para localizar e prender os demais envolvidos na organização criminosa, que ainda permanecem foragidos, com prisões preventivas decretadas pela Justiça de Baião. Há suspeitas de que o mesmo grupo criminoso tenha cometido outros assaltos a bancos nos Estados do Maranhão, Piauí e Tocantins.
A quadrilha também é apontada como responsável pelo assalto, registrado em 27 de novembro deste ano, na agência do Bradesco, em Bom Jesus das Selvas, no Maranhão. Na ocasião, com uso de dinamite, o bando explodiu quatro caixas eletrônicos. Os criminosos estavam com armamento de grosso calibre de uso exclusivo das forças armadas.
Foto: Edmar Brito. Fonte: (DOL com informações da Polícia Civil).
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