quarta-feira, 14 de novembro de 2012


Polícia frusta assalto a banco em S. Félix do Xingu

Dois suspeitos foram presos
As Polícias Civil e Militar desarticularam, em operação integrada, os planos de uma quadrilha de assaltantes que pretendia assaltar uma agência bancária, em São Félix do Xingu, sudeste do Pará. O comerciante Gilson Gomes de Sousa, apontado como mentor do crime, e um dos apoiadores do bando, foram presos por participação no esquema.
 
Nesta terça-feira, 13, o comerciante confessou em depoimento ser o idealizador do assalto na modalidade conhecida por “sapatinho”, no qual familiares do gerente do Banco do Brasil do município foram sequestrados e o bancário passou a ser coagido a pagar mais de R$ 500 mil de resgate. As prisões foram realizadas, ao longo do dia de ontem, logo após a Delegacia de São Félix do Xingu receber informação de que bandidos haviam sequestrado a família do gerente.
A delegada Claudilene Maia, titular da Polícia Civil no município, junto com o investigador Sóter Mesquita, foram ao banco para apurar a denúncia. Ali na agência, após confirmação do crime, os policiais civis em conjunto com a guarnição comandada pelo  subtenente Rodrigues, comandante da PM na cidade, iniciaram as buscas. Segundo contou aos policiais o gerente, os bandidos invadiram a casa do bancário, e ali fizeram reféns a esposa e o filho dele, de 5 anos, que foram levados no carro do gerente para uma mata. A vítima relatou que dois homens tocaram a campainha da casa, por volta de 06h30. Depois, ao ser aberta a porta, os bandidos entraram já armados. O gerente foi levado até o banco, para que retirasse do local um valor superior a R$ 500 mil para que libertassem os reféns. Como era cedo para início do horário bancário, uma guarnição da PM em ronda no local desconfiou da presença do gerente ali. Assim o fato foi informado aos policiais.
Com as investigações preliminares do caso, a equipe policial chegou à área para onde os bandidos levaram os reféns, situada na estrada conhecida como Vicinal Aciole. O investigador Sóter juntamente com os policiais militares – sargento Edvaldo e soldado Laerte – montaram uma barreira na estrada. Durante a ação policial, os policiais avistaram uma caminhonete Saveiro que trafegava no sentido contrário aos dos policiais. Contudo, antes da abordagem, os ocupantes do carro saíram em fuga para dentro da mata ao ver os policiais, abandonando o veículo. Em revista no interior do carro, os policiais apreenderam 42 munições intactas de calibre  12; uma munição de calibre 9mm, dois coldres, três máscaras tipo balaclava, roupas e uma lanterna. Os policiais encontraram, perto do carro, uma espingarda calibre 12 jogada no chão. Os policiais passaram a perseguir os suspeitos na mata até ocorrer uma troca de tiros. Durante a tiroteio, o capitão Pontes, da PM local, foi atingido na barriga. Ele foi socorrido e passa bem.
Os policiais passaram a fazer barreiras de fiscalização nas estradas da região, durante as quais, um carro tipo Fiat foi abordado. No interior do veículo, havia água e mantimentos que serviriam para dar suporte material no cativeiro. Elvécio Pereira Sobrinho, que conduzia o carro, foi preso. Com o cerco policial, os bandidos abandonaram o local em que mantinham os reféns no maio da mata. A esposa e o filho do gerente foram libertados e saíram em fuga até serem resgatados pelos policiais civis e militares, e levados à Delegacia. A esposa do gerente do banco foi ouvida em depoimento na sede da Delegacia pela delegada Claudilene Maia. À policial civil, ela confirmou que alguém estaria levando água e alimentos para o cativeiro. Esse pessoa era Elvécio, que confessou, em depoimento, a participação no crime. Ele delatou o envolvimento no crime de Gilson Gomes de Sousa, comerciante da cidade, como o mandante e idealizador do sequestro.
A delegada, mediante autorização da Promotoria de Justiça da cidade, fez a prisão de Gilson, que já era conhecido da Polícia. “Ele é dono de um supermercado e já responde a processo criminal por tentativa de assalto, também na modalidade 'sapatinho', a uma agência bancária no ano passado. Ele estava atualmente em liberdade condicional determinada pela Justiça”, explica. As investigações prosseguem para localizar os demais membros do bando. As buscas envolvem as Polícias Civil e Militar. A Superintendência Regional do Araguaia Paraense, por meio do delegado Clóvis Bueno, determinou que o Núcleo de Apoio à Investigação (NAI), de Redenção, por meio do delegado Lúcio Flávio Filho, assumisse a presidência do inquérito policial do caso. Os presos irão responder por extorsão mediante sequestro com roubo dos telefones celulares das vítimas, e ainda por tentativa de homicídio contra o policial militar e formação de quadrilha ou bando, do Código Penal (Fonte: Polícia Civil).

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