quarta-feira, 25 de julho de 2012

Em Marabá, INCRA dá sinal de que vai desapropriar fazenda do grupo Santa Bárbara

Cerca de duzentas famílias que estão acampadas na Fazenda Itacaiúnas, a 77 km de Marabá, pertencente ao Grupo Santa Bárbara, estão mais perto de ter a imissão de posse de terra concedida pelo INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).


Em reunião da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, que aconteceu no Auditório da Superintendência Regional do INCRA, ontem, ficou acordado que a Procuradoria Federal do INCRA fará a imissão da posse para o INCRA Regional, favorável à alegação da produtividade. O instituto, por seu turno, analisa a situação para baixar a portaria do assentamento. Representantes do órgão prometem trabalhar o mais rapidamente possível para que isso aconteça.

De acordo com José Maria Martins, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marabá, a área da Fazenda Itacaiúnas, de 10.027 hectares, está avaliada pelo INCRA em R$ 23.921.130,67. “A área foi penalizada, segundo avaliação do INCRA, em R$ 17.592.063,28, por danos ao meio ambiente. Entre os crimes estão a derrubada de castanheiras, fato comprovado pela Sema durante este mês”, explica ele.

Trabalhadores da fazenda reclamam da ocupação das famílias de sem-terra, na casa dos empregados, depois da porteira. Eles denunciam que os acampados estão depredando o patrimônio e perturbando os trabalhadores soltando foguetes cedo a fim de acordá-los.

Fatos esses negados pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marabá. “Nada lá foi depredado, o pessoal está manso e pacífico. Queremos que as coisas sejam de fato cumpridas”, ressalta ele.

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