segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Quem foi Zezito do Lojão Paulista

Xinguara/ Quem foi Zezito do Lojão Paulista                                                                            
Morreu Zezito, do Lojão Paulista. Pioneiro em Xinguara, aqui chegando nos primórdios do povoado e na Rua Gorotire, com saída para a Av. Xingu, trabalhando como um mouro,  no comércio – No princípio, com sulanca -  construiu o vistoso  prédio de sua loja, estando, lá, até hoje. Não foi político, nunca se candidatando a nenhum cargo eletivo. 

Mas, com as suas ideias progressistas, sempre em defesa dos comerciantes, participou de todos os movimentos de Xinguara com presença destacada, inclusive fez parte da comissão emancipatória do município, em 1982.  

Nessa época, um pouco antes, juntamente com o Beleza e o Ari Cananéia, formaram o Trio Batidão, chamado a boca pequena, longe deles, bem no auge do Trio Parada Dura, encabeçando todos os movimentos da cidade; festas, comemorações, bailes... também parte da turma de comerciante da Gorotire, além do Beleza e Ari Cananéia, o Liberato, o Irineu, o Cleonizard e o falecido Jésus..., todos pioneiros de cepa, do comecinho de Xinguara. 

Era homem de convivência fácil, muito comunicativo. Por isso, tinha muitos amigos; aliás, a cidade toda. Nas gostosas tardes-noites do Clube dos Cinquenta, nos dias de sábados e domingos, sempre estava lá arrodeado de seus muitos amigos; todos.
Zezito era piauiense de Picos. Sempre ligado à terrinha, relatava muitos causos de lá e tinha em seu celular sempre uma piada de nordestino, repente, que abria aos amigos dando gostosas rizadas. Falava muito de seu Picos, lugar interessante, agradável, que ainda iria morar e morrer, lá. 

Bem no comecinho de Xinguara, naquela feira livre que era mais nordestina que hoje – Ficava, ali, na empoeirada Rua Brasil, entre a Gorotire e a Guajajara, foi o rei da sulanca. E com uma roupa íntima de mulher, barranga, vervelha, à cabeça, estando a feira atopetada de gente, indo e vindo, chamando fregueses, gritava seus versos, repentes, cantava a sua música nordestina, desafinada e rouca, mas com muita satisfação, prazer.

Na época, era muito bom de se viver em Xinguara – Confessou-me certa vez – E que a profissão de sulanca, a venda na feira livre, em contato permanente com o povo,  foi a que ele mais gostou. Mais tarde, trabalhando como um mouro, bom administrador, ganhando dinheiro, estabeleceu-se no ramo de roupas, inclusive vendendo roupas chiks, de marcas. Foi o precursor da propaganda volante de Xinguara com carros de som bem equipados. 

Tá, aí, um pioneiro, que muita falta fará à Xinguara e que merece a homenagem de todos nós. Xinguara deve muito à ele. E suas ideias sempre defendidas por ele com proeminência sempre eram aceitas. À família enlutada, nossos pêsames de profundo pesar. (Por Ismael Borba).

Nenhum comentário:

Postar um comentário